Apenas números?

 

Por Melissa Grant, estudante de Engenharia Biomédica – Unifesp São José dos Campos

Há dados e estatísticas por toda a parte, e às vezes os reduzimos somente a isto: números. Por exemplo, em 2010 a Unesco publicou um número de 130 milhões. Esse é o número estimado de estudantes universitários no mundo todo. Mas, afinal, o que é este número para nós?

Isso poderia significar que há 130 milhões de pessoas no mundo que podemos facilmente ignorar – afinal, são pessoas de contextos culturais, sociais, econômicos e políticos completamente diferentes dos nossos; ou seja, esse número não passaria de um número sem significado algum.

Ou então esse número pode significar que há 130 milhões de pessoas como eu e você no mundo: pessoas que um dia decidiram seguir uma carreira, estão estudando para obter um diploma e hoje estão passando pela universidade. São pessoas que tem preocupações similares às nossas: com provas, trabalhos, notas, disciplinas a serem cumpridas. Também são pessoas que, assim como nós, são humanos: imagem e semelhança de Deus – porém todos pecaram e todos carecem da graça salvadora de Cristo Jesus.

Assim, independentemente se esses estudantes já foram ou não alcançados pelo evangelho, eles carecem igualmente das nossas orações, e é com isso em mente que chamamos todos a orar por esses estudantes no mundo todo em 18 de Outubro, o Dia Mundial do Estudante organizado pela Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos (IFES, em inglês).

Poderíamos pensar nas nossas diferenças como abismos intransponíveis, mas a Bíblia nos diz algo bastante diferente: “Ora, assim como o corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo, assim também com respeito a Cristo.” (1 Coríntios 12:12) Passamos então a entender que dentro da comunidade cristã, essas diferenças culturais, sociais e políticas que poderiam facilmente nos separar, na verdade fazem de nós um só corpo que, em suas diferenças, é extremamente rico e diverso.

Fomos criados com essa diversidade mas estruturados “a fim de que não haja divisão no corpo, mas, sim, que todos os membros tenham igual cuidado uns pelos outros. Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele.” (v. 25 e 26) Assim, podemos dedicar nossas orações e nossas preocupações, e as nossas alegrias a outras partes do Corpo de Cristo, mesmo que estejam do outro lado do mundo!

Também oramos e pensamos no papel desses estudantes para que possam responder em sabedoria e amor a um contexto acadêmico muitas vezes hostil à fé, em culturas muitas vezes contrárias ao cristianismo, para que o Reino possa se manifestar através de suas vidas para que mais vidas, mais estudantes possam ser alcançados pela graça de que todos precisamos.

Portanto, ao pensar nos 130 milhões de estudantes, pense neles como sendo você, ou como sendo seus amigos ou colegas: sob a cruz de Cristo, somos todos iguais, e todos precisamos de sua salvação. E vamos orar juntos uns pelos outros tendo em mente como Jesus orou por nós: “Minha oração não é apenas por eles. Rogo também por aqueles que crerão em mim, por meio da mensagem deles, para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um: eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste.” (João 17:20-23)

 

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