Empatia: estamos no mesmo barco

“Tendo dito isso, tomou pão e deu graças a Deus diante de todos. Então o partiu e começou a comer. Todos se reanimaram e também comeram algo.” – Atos 27:35-36 (NVI)

Empatia, ou seja, colocar-se no lugar do outro, compreender as emoções do outro, é uma das formas com que os cristãos podem tocar a realidade em que estão. Essa palavra é muito usada no meio secular, mostrando o quanto as gerações mais novas buscam compreensão. Do ponto de vista cristão, ao acolher o sentimento do outro, mostramos uma face do amor e da graça, e criamos um espaço para plantar a mensagem da esperança.

Neste mês, exercícios de empatia serão parte do calendário abeuense. Diversos grupos estarão organizando atividades especiais a partir da temática do Setembro Amarelo, um mês dedicado à prevenção do suicídio e conscientização sobre a saúde mental. A ABU Viçosa (MG), por exemplo, está organizando a já tradicional Semana da Esperança, enquanto outros grupos terão oficinas ou palestras com psicólogos.

O assunto é essencial e o momento agrava a situação. A segunda edição da pesquisa “Juventudes e a Pandemia do Coronavírus” apontou que 61% dos jovens sofrem de ansiedade como resultado direto ou indireto da pandemia e 51% enfrentam exaustão. E mesmo em uma geração que já conhece as ferramentas que temos para cuidar da saúde mental, apenas um em cada dez jovens começou psicoterapia.

 

Um relato de cuidado com a vida

Preso, sendo levado de navio a Roma, Paulo pode demonstrar empatia para salvar todas as vidas, até as de seus guardas. Seu testemunho demonstrou aos marinheiros, prisioneiros e soldados o caráter do Deus a quem ele servia.

Em Atos 27 vemos que, depois de alguns dias de dificuldade na navegação, Paulo compartilhou a todos que suas vidas seriam preservadas por graça divina. Ele percebeu os medos das pessoas ao seu redor, acolheu os seus receios e apontou que havia uma esperança prometida. Quando os marinheiros tentaram salvar a si mesmos, deixando os outros à própria sorte, Paulo alertou que deveriam permanecer juntos. Em meio à madrugada, o apóstolo também percebeu que era preciso cuidar da saúde e das forças físicas de todos e insistiu para que comessem.

Podemos até imaginar que tenha sido o exemplo de Paulo que inspirou o centurião a desanimar seus colegas quando estes, temendo fugas, quiseram matar todos os presos. Embora fossem de grupos muito diferentes, alguns com mais privilégios que outros, os presos, os soldados e os marinheiros estavam todos no mesmo barco, enfrentando as mesmas ameaças. E, no fim, ainda que alguns estivessem a nado e outros tivessem sido levados pela correnteza em tábuas, todos se salvaram.

Inspirados em Paulo, como os participantes da ABUB podem, de semelhante modo, reconhecer os receios daqueles que estão à sua volta neste momento em que as dificuldades já perduram há tanto tempo? E, percebendo os medos, como podem acolher os sentimentos de seus colegas, ajudá-los a se cuidar com as ferramentas que Deus nos dá e, por fim, preservar suas vidas?

 

Oremos por empatia

  • Ore, em primeiro lugar, para que Deus cuide da saúde mental dos participantes da ABUB. Nós também sofremos com o contexto e precisamos de cuidados. Que nosso Senhor nos dê sabedoria para que busquemos ajuda, quando necessária, e para que mantenhamos hábitos saudáveis.
  • Interceda para que os grupos de ABS, ABU e ABP exerçam a empatia e levem amor e acolhimento aos seus colegas.. Seja enquanto companheiros, amigos ou nas atividades do grupo (no Setembro Amarelo e além), que os abeuenses tragam luz para estes momentos de escuridão. Que suas ações possam levar esperança, salvar vidas, fortalecer laços, e que neles muitos encontrem um ponto seguro.
  • Peça a Deus que as instituições de ensino vejam as atividades dos grupos com bons olhos. Que os grupos ligados à ABUB tornem-se referência no acolhimento e cuidado com a saúde mental,, fazendo deste, um espaço de serviço. Ore também para que os estudantes encontrem profissionais da saúde que possam ajudá-los nesta jornada.

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